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Esotérico versus Exotérico



I. CARACTERIZAÇÃO

Ambas as palavras remontam a seus correspondentes gregos esoterikós, termo tardio, e exoterikós, mais primitivo. Esoterikós é um adjetivo formado sobre um tema em grau comparativo que significa literalmente "mais para dentro" ou "interior", do mesmo modo que exoterikós quer dizer "mais para fora" ou "exterior". Esoterismo é o substantivo do adjetivo esotérico (latim esotericus), vocábulo registrado no Thesaurus linguae latinae. Seu antônimo exotericus pode ser lido nos escritos de Cícero e Áulio Gélio com o significado de "feito para o público."


Clemente de Alexandria diz que Aristóteles escreveu obras acusmáticas, ou para serem ouvidas, e exotéricas, para o público em geral, e às primeiras designaesotéricas. A mesma notícia, com maiores detalhes e precisão vem de Plutarco naVida de Alexandre, acrescentando que esotérico encerrava ensinamento secreto.
Também entre os pitagóricos se deu a distinção entre acusmáticos (ouvintes alucinados) e matemáticos (os consagrados ao estudo dos grandes saberes com possível volta para o cosmos: aritmética, geometria, harmonia e astronomia).


A primeira observação que faço é a de que entre o par de vocábulos esotérico-exotérico não há uma oposição irredutível, mas relativa, e, portanto, uma distinção que admite e pede complementaridade. Existe entre eles a relação correlativa de semelhança e dependência que subsiste entre a profundidade e a superfície, o oculto e o manifesto, o núcleo e o córtex, o interior e o exterior de uma mesma realidade ou objeto.

O cristianismo primitivo tampouco ficou alheio a esta diferenciação se levarmos em conta testemunhos preservados, que separam aos de dentro e aos de fora. O círculo dos discípulos íntimos e o dos demais. Lembre-se o Evangelho de Marcos 4:34 - "[ao público] Não lhes falava sem parábolas; mas a seus próprios discípulos lhes explicava tudo em particular", texto que é a síntese contundente do escrito pouco antes: "Quando ficou a sós com os doze, Lhe perguntaram sobre as parábolas. Ele lhes disse: A vós dei o mistério (mystérion) do Reino de Deus, mas aos que estão fora tudo lhes apresento em parábolas, para que por muito que olhem não vejam, por muito que ouçam não entendam, para que se convertam e se lhes perdoe" (4:10-12). A passagem do Evangelho de Mateus 11:27 - "[...] e a quem o filho o queira revelar", confirma o mesmo sentido, assim como as epístolas de Paulo que falam de "uma sabedoria entre os iniciados" (I Cor 2:6).

Esta separação aludida entre um ensinamento mais interno e outro mais externo em uma mesma corrente religiosa é também comum aos rabinos da época. Eles afirmam que os conteúdos dos temas relativos à criação do mundo segundo os descreve o Gênese e a seção do livro de Ezequiel, que relata a visão do trono móvel de Deus e suas criaturas viventes está proibido que se fale em detalhes, inclusive em presença de dois ou de um testemunho, respectivamente, se estas pessoas carecem de suficiente capacidade e maturidade espiritual para compreender. Os membros da comunidade essênia do Mar Morto deixaram provas de hábitos similares e conservaram escritos como o Livro dos Jubileus que é uma interpretação esotérica da história do Antigo Testamento, diversa da exegese oficial.

As "estranhas parábolas e ensinamentos" que Eusébio de Cesárea admite com desaprovação que Papías (século lI) tinha colecionado e fazia uso delas citando-as e a distinção posterior de Clemente de Alexandria entre o cristão comum e o "cristão gnóstico" são variações da mesma idéia. Para Clemente o ideal da perfeição cristã está representado pelo gnóstico, que é o crente que consegue viver à semelhança de Deus, deixando-se influir e transformar peIo conhecimento (gnósis) que provém da fé, das Escrituras e "da tradição não escrita transmitida desde os Apóstolos a um pequeno número". Esta concepção peculiar sobre um nível de crentes esotéricos da reIigião cristã difere do conceito rigoroso do esoterismo em relação estreita com a iniciação. Vincula-se, o mesmo que a fraseologia paulina, com a tradição salvadora apostólica, por este motivo precisamente Clemente de Alexandria denomina o cristão perfeito "verdadeiro gnóstico", opondo-lhe, e em reação e confrontação com outro modeIo de "gnóstico", o possuidor do conhecimento, que gozava do respeito, êxito e consideração no meio cristão no qual se desenvolvia. Clemente trata de adaptar e aclimatar dentro da grande Igreja Alexandrina paradigmas religiosos que encerravam prestígio para o meio, por essa razão o cristão ideal não é designado com os epítetos de sábio, espiritual, doutor ou mestre, próprios da cultura da época, mas como gnóstico.

lI. ESOTERISMO E INICIAÇÃO

O distanciamento das grandes religiões abrahâmicas e de suas crenças, as mais influentes nos hábitos de pensamento ocidental, permite entrar em contato com um aspecto mais preciso do esoterismo, para assim podê-Io entender com imparcialidade.

Na Índia as mais antigas Upanishades (upa-ni-SAD: "sentar-se junto ao mestre em posição inferior [para ser instruído]"), se referem a si mesmas como a sabedoria profunda ou oculta. Upanishad se opõe a parishad e asampad (centro público), pois seu ensinamento exclui a participação alheia, porque se trata de uma doutrina privada, não apta para todos, devido à sua profundidade e à necessária regularidade de sua transmissão. Anteriormente a ela, os Brâmanes, aludem a uma doutrina secreta. Este procedimento é conservado na atualidade e se põe de manifesto quando a palavra Vedânta (veda + ânta: fim do Veda) se caracteriza comosiddhânta, raddhânta (conclusão) etc., posto que se trata da transmissão do saber por excelência (vidyâ, raiz vid:saber), que remonta aos Vedas e persegue a conquista da Identidade Suprema, Auto-realização ou Conhecimento Final (moksha, jñâna).

A literatura helenística conhecida na época como Escritos de Hermes Trismegistos, que encerram parte das tradições reservadas do sacerdócio egípcio, se apóiam na mesma concepção esotérica. Outros livros da recopilação do Corpus Hermeticum reali zada na época bizantina são similares, e particular mente o Discurso sobre a Enéada e a Ogdóada (NHC VI, 6), um tratado hermético mais antigo que a aludida recopilação, desco berto em fins de 1945 no Alto Egito.
Na antiga Grécia, manifesta-se idêntico fenôme no. Não só Platão adverte que seus Diálogos não se devem interpre tar como uma trivialização de caráter individual dos mistérios (Fedro, Cartas VII e lI), mas que o neoplatonismo posterior a Plotino (séc. III), Jâmblico, Nestório, Plutarco de Atenas, Prodo, Olimpiodoro e outros reconhecem a exigência de integrar a filosofia com a iniciação teúrgica. Deste modo a filosofia é novamente compreendida, "mais pitagoricamente", como um "modo de vida", como foi para os órficos e pitagóricos. As doutrinas órficas e caldaicas, portanto, ocupam o primeiro plano, e a teurgia (theou érgon), a atividade divina, o deixar operar a vontade e conhecimento dos deuses como o cumprimento das ações sagradas pelos teurgos, coroa a tarefa intelectual e inteligível.


Heráclito disse que "A natureza gosta de ocultar- se". O princípio da vida e dos seres mutantes à physis, se conserva escondido, como em planos mais potentes o aión e a moira krataié, entre as pregas dos fenômenos que provoca. Os mis térios cumprem a mesma finalidade em toda sua extensão: "Imitam a natureza do divino, que foge da percepção direta". Em reali dade permite ao iniciado experimentar o segredo que se oculta nas formas e mudanças do cosmos. Sob o véu das celebrações do mistério (ações, utensílios, mitos e discursos sagrados), o que mais salta à vista é a vida inesgotável da natureza e sua circulação universal. Os mistérios de Elêusis com o mito de Deméter e de Perséfone, Dionísio e os rituais em relação com a culinária, o vinho, a embriaguez e o êxtase, as lendas sobre a Grande Mãe, assim como as de Ísis e Osíris, vinculadas à geração sem fim; a história de Mitra inseparável das grutas e do domínio do touro, entram em contato com esta fonte de fecun didade sem fim, mas o sentido final da ascensão só se alcança pelo  aprofundamento da experiência. Este é o motivo principal da proibição de difundir o segredo iniciático, que com sua divulgação corre o risco de prostituir-se.
É necessário cumprir com as exigências dos diferentes graus para alcançar a perfeição buscada. Os passos su cessivos constituem as diferentes etapas da iniciação. A iniciação é um fenômeno sacro universal que está presente em todas as comunidades, desde os povos etnológicos até as sociedades des sacralizadas atuais com seus clubes, seus círculos reservados e seus agru pamentos de caráter exclusivo. Os cultos dos mistérios antigos a que se fez alusão eram instituições iniciáticas que cresceram em torno às cerimônias de iniciação.

Iniciado é o agente que cumpre a iniciação em lugar apropriado participando da cerimônia afim ao grau. A iniciação, portanto, é basicamente um ritual ou conjunto de cerimônias de culto, de ações relativas aos deuses, pelo que se ingressa em um grupo cultual pela transformação espiritual da própria natureza e progride nesta mudança uma vez que partici pa ativamente nos ritos do grupo. A iniciação, deste modo, envolve os três significados que encerram o termo "começo" (ini tium): a) ingresso em uma ordem de realidade diferente ou começo de uma transformação ou nova etapa (trânsito do profano ao sagrado); b) partida para um itinerário espiritual progressivo; c) transposição, regeneração ou metamorfose espiritual que é corres pondente ou paralela aos níveis visíveis e invisíveis do cosmos.

Os ritos iniciáticos incluem agentes e meios. As ações e práticas, pautadas e observantes da coordenação e sincronia dos movimentos, os objetos ou imagens (symbolo), reflexos da totalidade da ordem cósmica, e as pala vras, cantos, fórmulas cantadas, relatos e discursos, conservadores do ritmo e das for mas divinas. Todos eles possuem a nota em comum do caráter simbólico, ou seja, possuem por natureza um duplo nível de significação cuja gradual descoberta permite a regeneração, tratando-se dos meios visíveis transmitidos pela tradição. Os agentes formam a comunidade ou associação de irmãos e incluem o sacerdócio hierarquizado (sacer­dotisas e hierofantes) e aos que se iniciam. Ao iniciante se exige qualificação e preparação para poder receber apropriada mente bens que são entregues regularmente (tradição), através de uma cadeia que se prolonga sem interrupções (sucessão) e em um meio iniciático que é o respaldo último dos outros dois (comu nidade). Isto explica a existência no caso de Elêusis, por exemplo, de pequenos mistérios (15 de fevereiro a 15 de março) e de grandes mistérios (15 de setembro a 15 de outubro). Somente sob tais condições de separação do profano é possível o ingresso no âmbito sacro para experimentar os sucessivos momentos dos rituais e ao mesmo tempo manter sua conservação que persiste com a continuidade do cosmos e das estações ou períodos gerado res, já que os cultos mistéricos não são um fenômeno exclusivamente helenístico, senão da época arcaica. Sabe-se que as famílias das Eumólpides e Kerikés, das mais antigas de Atenas, formavam o sacerdócio de Elêusis; os mistérios de Dionísio remontam a um longínquo passado grego, e os de Ísis de origem egípcia, os de Mitra de ascendência iraniana e os da Grande Mãe ou Cibeles, vindos desde Anatólia, são todos muito antigos, encontrando-se indícios em algum caso na Idade do Bronze. Representam opções dentro de um mesmo gênero, por isso não é de se surpreender a iniciação em diferentes mistérios, como se confirma com o personagem Lúcio em O asno de ouro de Apuleio. Por esta causa diz Aristófanes em As rãs: "Foram chamados mistérios pelo fato de que os ouvintes deviam fechar a boca e não contar nada a ninguém." Os mistérios, como todo o místico, não se devem revelar, porque intrinsecamente não se podem dizer, são indescritíveis. Deste modo os relatos que se possuem sobre alguns mistérios antigos, ainda que descrevam alguns fatos do que se realizava no interior dos santuários, nada expressam internamente de correto para o leitor pro fano, pois faltando-lhe preparo para interpretar uma experiência, que se realizava em segredo, facilmente confundia uma experiência objetiva e vívida com uma experiência subjetiva individual. A exte riorização e difusão inapropriadas destas circunstâncias só po dem convidar à sua adulteração ou interpretação incorreta.





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Breve História do feminino






Quando examinamos a história do feminino, verificamos que desde os períodos Paleolítico e Neolítico já haviam cultos matriarcais, onde a deusa-mãe era adorada.Mircea Elíade, explica que com a passagem da vida nômade para sedentária, houve uma mudança dos elementos que simbolizavam vida.Enquanto na vida nômade ossos e sangue eram símbolos de vida, no sedentarismo foram substituídos pelo sangue e esperma.A mulher sangra todos os meses, mesmo não estando ferida, o vermelho do sangue do nascimento é a primeira cor que se vê ao presenciar um parto (o sangue é energia vital da vida e fonte de renovação).A mulher recebe a semente depositada pelo homem, e após o período de gestação, explode para a vida um novo ser. A terra também recebe sua semente.Deste modo, a mulher tornou-se a senhora das colheitas porque, como a terra, ela esconde o segredo da vida.Reinando suprema como a grande-mãe enquanto divindade, continha em si todas as possibilidades da existência: vida, morte, poder, juventude, velhice, e sabedoria.


De acordo com Jung, os arquétipos são potenciais psíquicos que estão relacionados às experiências universais da Humanidade: nascimento, passagem da infância para adolescência, da adolescência para a vida adulta, maternidade, paternidade, espiritualidade, morte, etc. É um depósito permanente de uma experiência que foi constantemente repetida durante várias gerações.As repetições dessas experiências se fixaram no inconsciente coletivo como um arquétipo.

Então, tudo o que leva à união, à coesão social, à comunhão e à proximidade humana, todas as alianças e fusões, e também todos os impulsos de absorver, destruir, reproduzir, duplicar pertencem ao arquétipo universal do feminino.

Os gregos, e todas as culturas antigas percebiam essas energias como forças ou energias que estão exercendo continuamente influências poderosas sobre nossos processos psicológicos.

A história complexa da religião grega mostra que quando as diversas tribos nórdicas e arianas impuseram seus deuses mais patriarcais a grande deusa, e seus poderes foram separados.



Não quer dizer que foram abolidos, mas sim que a grande-mãe original foi fragmentada, isto é, tornaram-se deusas de maneiras variadas.Assim, enfraquecidas e toleradas na medida em que atuavam isoladamente.
Como a religião era politeísta não tinham preocupação com as contradições; havia um deus para representar cada força e valor. Não tinham um problema de Sombra, pois os deuses eram intuitivamente compreendidos como expressões amplificadas de todas as coisas humanas. Neste período, as práticas religiosas matriarcais nunca foram inteiramente suprimidas.

Na medida em que a cultura grega foi se tornando mais complexa e diversificada, o mesmo aconteceu com suas divindades.Com a chegada da religião judaico-cristã, o dinamismo matriarcal foi sendo reprimido, e tentou-se expurgar tudo o que as deusas representavam.

O professor Junito de Souza Brandão comenta essa passagem: ”Com a vitória do patriarcado rompe-se a era do amor, do Eros e instala-se o logos...O amor materno é o mais primitivo dos amores.Até os animais “amam” suas mães....O matriarcado é o universalismo, o patriarcado é a limitação.A família matriarcal está aberta porque é universal; a patriarcal é o fechada porque é individual.Numa predomina o caos, a natureza, a liberdade, o Eros, o amor; na outra, a limitação, a hierarquia, a ordem, o logos”.

Segundo Gilles Lipovestky, autor do livro “A Terceira Mulher”, durante a maior parte da história da humanidade, a mulher foi considerada como um mal necessário, um ser inferior, sistematicamente depreciada pelo homem.

A primeira mulher, segundo o autor, é a que tanto os gregos como os romanos e cristãos denunciavam e estigmatizaram como um ser ardiloso e fatal.

Durante a Inquisição, período que se iniciou na conversão do Império Romano ao Cristianismo e foi um movimento histórico dissociador e repressivo mais longo e terrível da humanidade, do século IV ao século XVIII que durou portanto catorze séculos, os componentes matriarcais mais reprimidos foram à sexualidade, o prazer, a vivência sensual, a vivência lúdica e a espontaneidade das emoções (principalmente a agressividade e inveja),a vivência do irracional e a vivência do campo intuitivo (mediunidade, premonição, magia, intuição ,e vivência oracular).



É interessante notar que a repressão cultural foi exercida em nome de um símbolo de totalidade, o símbolo de Cristo, arquétipo central, a totalidade do Self.

Com o advento do Cristianismo, tudo aquilo que se relacionasse com o corpo e desejos sexuais foram reprimidos.Essa mesma igreja que, em seus primórdios, pregava a libertação das classes oprimidas-onde a mulher-estava incluída-era agora a força mais importante e profunda para fortificar a sua submissão.Nem seus profetas, nem a igreja entenderam a mensagem do Mestre.

A Igreja Católica Apostólica Romana coloca a mãe de Cristo, a Virgem Maria como modelo apregoado a todas as mulheres que deveriam, a seu exemplo, manterem-se castas.

Seguiram-se quase dois mil anos de culpa e repressão à criatividade, a fertilidade do dinamismo matriarcal, à mulher e ao feminino.

A mudança cultural e histórica começou a partir da segunda metade da Idade Média, com o amor cortesão aonde se rendia culto à mulher amada e; exarcebavam suas perfeições morais e estéticas.

Nos séculos XVIII e XVIIII a esposa, mãe e educadora dos filhos a põem em pedestais filosóficos.

De acordo com a análise de Lipovestky essa é a segunda mulher, não reconhecida com um ser igualitário e autônomo, porém com papéis reconhecidos socialmente, pelo poder de criar os filhos, de educar o masculino, os comportamentos e costumes.

Hoje em dia, o autor enfatiza a liberdade que o feminino tem sobre si mesmo, que agora se aplica indistintamente a homens e mulheres, como sendo uma liberdade que se constrói a partir de normas e papéis sexuais não fechados e definitivos.

A terceira mulher não quer o modelo de vida masculino, que se deixa tragar pelo trabalho e atrofia sentimental e de comunicação.Esta terceira mulher é um modelo de mulher indeterminado.Quando nasce um filho o pai ou a mãe tem o mesmo papel, independente de seus sexos.Ele chocou as feministas ao falar do culto a beleza, e que as mulheres estão confusas, pois a situação é nova.Durante muito tempo, a beleza era uma propriedade de distinção do feminino, porém excluía as responsabilidades intelectuais, profissionais e política.Hoje, quanto mais se ocupam de si mesmas, da moda, do esporte, etc. mais responsabilidades têm.


Na situação atual, não se aplica mais o clichê machista de ser linda, burra e muda.Porém, a beleza e as formas de sedução continuam sendo um valor.

O autor continua analisando que, as feministas defendem um ideal arcaico.O próprio movimento feminista que, ao defender a igualdade e supremacia do poder social com o homem, acabou se orientando por parâmetros patriarcais e deixando de lado o dinamismo matriarcal de lado (o posicionamento na gestação, no aleitamento, na relação primordial mãe-filho e durante o ciclo menstrual).

Ele defende que agora há uma mesclagem de modernidade e tradição.
Em um mundo em que os papéis não estão absolutamente fechados, que permitem certa mobilidade, a terceira mulher é reconciliada com as normas do feminino. Não quer dizer reconciliada, consigo mesmas.Um caso típico são as mulheres que trabalham e sentem-se o tempo todo tiranizadas.Quando trabalham pensam nos seus filhos, quando estão com os filhos dizem que não progridem no trabalho.
E as que trabalham fora continuam tendo a responsabilidade principal da casa e dos filhos.

O culto à virgindade caiu por terra, mas não caíram as outras normas.E acrescenta “o que impedia o livre arbítrio das mulheres desapareceu, enquanto as normas tradicionais, compatíveis com a autonomia feminina se perpetuaram.”
O futuro?Esta é uma interrogação do destino...

Bibliografia:
Lipovestky, Gilles. (1989) A terceira mulher.São Paulo: Companhia das Letras.




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Santo Daime: Dos Incas ao sincretismo cristão

Para a maioria das culturas pré-colombianas o uso de plantas e ervas com substâncias de efeito psíquico era sagrado. Através delas estes povos entravam em contato com o Divino. As 'drogas' eram, neste contexto, um fator de integração coletiva e de evolução individual.
O uso ritual das "plantas de poder" nas Américas hoje em dia pode ainda ser observado em vários cultos e religiões sincréticas provenientes desta antiga tradição cultural de nosso continente: o peyolt nos EUA, a Jurema na caatinga nordestina, o San Pedro e a Coca na Bolívia e no Peru, as inúmeras sementes mexicanas (Ololiuhqui/ Tlitlietzen, Mescal Beans e as Colorines) e os diversos tipos de cogumelos alucinógenos e espécies de Datura (Solanácea) são alguns dos exemplos mais conhecidos do uso religiosos e/ou iniciático das drogas hierobotânicas em comunidades ameríndias.
O Chá do Santo Daime ou Vegetal é preparado do cipó do Jagube ou Mariri (Banisteriopsis caapi) e da folha da Rainha ou Chacrona (Psycotria viridis) - naturais da região amazônica. A bebida - também conhecida como Ayahuasca ou Yajé pelos índios e xamãs do noroeste do Brasil e das regiões a leste dos Andes - é certamente oriunda da tradução espiritual dos Incas.

Segundo uma lenda, com a invasão espanhola, o príncipe Atahualpa se rendeu e foi escravizado, mas o príncipe Ayahuasca refugiou-se na floresta amazônica e o uso do chá permaneceu sendo divulgado no Peru, na Bolívia e no Brasil.

Seu uso após a era pré-colombiana teria se difundido entre várias tribos indígenas, das quais se tem razoável conhecimento antropológico. Ingerindo o chá, os índios absorviam o espírito da planta e, em transe, tinham experiências psíquicas e vivenciavam fenômenos paranormais, tais como a telepatia, a regressão a vidas passadas, contatos com os espíritos dos seus antepassados mortos, presciência e visão à distância. Vários relatos apontam ainda que alguns feiticeiros e xamãs usavam a bebida para descobrir qual era a doença de seus pacientes e saber como tratá-la.


Diversos antropólogos, inclusive, tomaram o chá e descreveram seus efeitos parapsíquicos. Ainda hoje, várias tribos praticam rituais com o uso da Ayahuasca no Brasil, como as dos Kampas e dos Kaxinawás, localizadas perto da fronteira com o Peru.

Desde o início do século, nos contatos culturais entre seringueiros e índios, a Ayahuasca passou a ser conhecida e usada pelos migrantes nordestinos, que colonizaram a amazônia ocidental. Destes contatos surgiram diversos grupos que sincretizaram o uso da bebida a um contexto religioso cristão-espírita, dos quais a União do Vegetal, no estado de Rondônia, o Santo Daime e a Barquinha, no Acre, são os maiores expoentes.

Paralelamente ao crescimento dos dois grupos e à expansão do uso religioso e terapêutico da Ayahuasca, uma forte resistência dos setores conservadores da sociedade brasileira se formou, pressionando o Conselho Federal de Entorpecentes (Confen) para embargar o funcionamento destas instituições nos grandes centros metropolitanos.

Porém, no dia dois de junho de l992, o conselho decidiu liberar definitivamente a utilização do chá para fins religiosos em todo o território nacional. Segundo a então presidente do Confen, Ester Kosovsky, "a investigação, desenvolvida desde l985, baseou-se numa abordagem interdisciplinar, levando em conta o lado antropológico, sociológico, cultural e psicológico, além de análises fitoquímicas".
O relator do processo de investigação, Domingos Carneiro de Sá, explicou que o fato fundamental para a liberação da bebida foi o comportamento dos daimistas e a seriedade dos centros que utilizam o chá em seus rituais: "Não foram observadas atitudes anti-sociais dos participantes dos cultos, ao contrário, podemos constatar os efeitos integrados e reestruturantes do Daime com indivíduos que antes de participarem dos rituais apresentavam desajustes sociais ou psicológicos".

Coroando o processo de legalização, as entidades religiosas que utilizam a bebida, sem prejuízo de suas identidades e convicções, comprometeram- se a adotar procedimentos éticos comuns em torno do uso do chá, firmando uma carta de princípios. Neste documento, elaborado durante o I Congressso Internacional da Ayahuasca, ocorrido em novembro de 92 em Rio Branco, no Acre, os centros decidiram: vetar a comercializaçã o da bebida, sua mistura com outras substâncias, a prática de curanderismo e estabeleceram regras para divulgação. Também ficou definido que a participação de menores de idade nos rituais só seria possível mediante a autorização dos pais e responsáveis; e que, sob nenhuma condição, seriam admitidos deficientes mentais, pessoas sob o efeito de álcool ou de outras substâncias psicoativas.



A União como entidade

O sincretismo religioso do Santo Daime - o maior dos grupos que alia uma concepção cristã-espírita às influências indígenas pré-colombianas - tem um ritual bastante simples: os participantes se posicionam em filas formando um quadrilátero, com as moças e as mulheres de um lado e os homens e rapazes do outro, ao redor de uma mesa. Nas festas oficiais, os homens usam ternos brancos e gravatas azuis, e as mulheres, camisa e saias branca com uma jardineira verde com fitas coloridas e usam uma coroa prateada. Ao centro, o Santo Cruzeiro (a cruz de caravaca) e a Estrela do Oriente (o selo de Salomão com uma águia sobre uma lua minguante).

Após rezarem um terço do Rosário, todos tomam uma dose do chá e entoam cânticos em louvor a Deus, à Virgem Maria e a Jesus Cristo. Além do canto, há também uma dança - chamada de "bailado" - que consiste em deslocar o corpo no compasso da música, em conjunto com todos, para a direita e para a esquerda de forma alternada, em uma espécie de 'ciranda estática'. Esta corrente de voz e movimento é ritmada por maracás, pequenos chocalhos de lata que quase todos usam. A doutrina é transmitida através das músicas e a estrutura do ritual se assemelha a muitas festas populares do interior do Brasil, provenientes da forte tradição oral das culturas Ameríndia e Afro-brasileira, tais como o Reizado e o Catimbó. "Os hinários", como os adeptos chamam as cerimônias, começam, geralmente, com o por-do-sol para só terminar na manhã seguinte. Os adeptos do culto vêem neste processo uma representação do sofrimento, morte e ressureição do Cristo. Os hinos, cantados no decorrer da noite, são recebidos mediunicamente e ensaiados com antecedência para a apresentação durante o ritual. As idéias básicas transmitidas pelos hinos são as de solidaridade humana, consciência ecológica e de espiritualizaçã o - trovas poéticas entoada em melodias simples e repetitivas, que funcionam como 'mantras'. "Um hinário reflete o aprendizado da pessoa que o recebeu, que é novamente vivido por todos aqueles que o cantam durante os rituais" - explica Alex Polari, um dos dirigentes do CEFLURIS (Centro Eclético da Fluente da Luz Universal Raimundo Irineu Serra) - "o Hinário do Cruzeiro, recebido pelo Mestre Irineu, fundador da doutrina, por exemplo, é um conjunto de 129 cânticos que expressa sua biografia espiritual, com as provas e experiências que ele enfrentou durante o decorrer de sua vida". Além disso, cada hinário também se caracteriza pelos ensinamentos de um santo em particular, segundo as características espirituais do guia que orienta seu receptor. Assim, o hinário do Padrinho Sebastião, O Justiceiro, reflete os ensinamentos de São João Batista; o hinário de seu filho, Alfredo Gregório, expressa os ensinamentos do Rei Salomão. No caso do hinário do fundador, Mestre Irineu, por ser o primeiro, encontram-se os ensinamentos de Jesus Cristo.
O efeito da bebida do Santo Daime promove uma expansão na consciência que, sem a perda da capacidade de ação voluntária, permite que se observe os próprios sentimentos e pensamentos com maior clareza. No decorrer do ritual, o estado de consciência intensificada pelo chá amplifica as situações recorrentes da vida cotidiana, revelando contradições existenciais e processos interiores que se repetem inconscientemente em diversos níveis. Esses processos involuntários são compreendidos pela consciência intensificada dos participantes, através da corrente formada pelo bailado e pelos hinos, que sugerem sempre uma solução positiva para os problemas. Segundo os participantes do culto, o ritual é "uma auto-análise". O processo vivido sobre o efeito da bebida, abrindo as portas do subconsciente e ação condicionante do hinário (hinos + bailado) levam a um exame crítico de nossas ações cotidianas, com base nos princípios cristãos.

Porém não se pode resumir o Santo Daime ao psicológico, nem reduzir seus efeitos à simples conjunção da expansão química da consciência a mecanismos de auto-sugestão hipnótica da doutrina cristã. Há um inegável aspecto espiritual nos rituais, com incorporações conscientes e fenômenos ligados à vidência e à cura. A presença de seres de luz, bem como de obsessores, desencarnados, é claramente sentida no salão. Existem, inclusive, adeptos do Santo Daime no município fluminense de Nova Friburgo que aliam o uso do chá à incorporação de entidades da linha da Umbanda, desenvolvendo um rico relacionamento entre as duas modalidades de trabalho espiritual.
Porém, para eles, o aspecto espiritual é indissociável do psicológico, uma vez que "os hinos tanto servem para doutrinar os desencarnados como para, simultaneamente, apontar as falhas e os defeitos morais dos participantes, desmascarando a sintonia existente entre o que as pessoas pensam e o que acontece no mundo espiritual". Neste duplo processo, de auto-desenvolviment o psicológico e desobsessão espírita, os participantes sofrem as "peias" e têm as "mirações". A "peia" representa uma difícil prova cármica a ser vencida ou o castigo necessário ao perdão dos pecados, o "sofrimento purificador" - que pode se manifestar na forma de vômitos, choro convulsivo, diarréia e mal-estar generalizado. Já a "miração" é uma visão mística, semelhante ao sonho, que mescla a revelação divina com os símbolos do inconsciente, muitas vezes coincidentes com a temática e os personagens dos hinos.

Além de Jesus Cristo ser frequentemente sincretizado com o Sol, a Virgem Maria é associada à Lua, ao Mar e à Floresta, e as presenças de São João Batista e do Patriarca São José são constantemente lembradas nas canções do Santo Daime. Outra imagem frequente é a do "Divino Pai Eterno", afirmação do princípio monoteísta da doutrina, que impera sobre uma "Corte Celestial de Todos os Seres Divinos"- que engloba, no manto panteísta da Rainha da Floresta, entidades que vão dos Devas Orientais aos Orixás africanos. Porém, a entidade central do ritual do Santo Daime é Juramidam, o "Mestre Império". Este ser é quem, segundo os hinos e os participantes do culto, preside os rituais e é identificado como o próprio espírito da bebida ingerida nas cerimôminas.

Os hinos do Santo Daime também versam sobre uma transformação nas condições de vida da humanidade - "o fim dos tempos", "o Apocalipse", "o balanço" - e sobre o advento da utopia social, a "Nova Jerusalém", "o Reino de Deus na Terra". Em relação a este ideal de utopia social, os participantes dos rituais afirmam que "a vida comunitária é um aspecto fundamental na doutrina do Santo Daime. Através dela aprendemos e construímos na prática o significado da União, que cantamos nos hinários". Para eles, "quando tomamos Daime e cantamos hinos estamos apenas acelerando e intensificando conflitos e relações interpessoais que se desenvolvem no nosso cotidiano comunitário". O objetivo a longo prazo, ao que prece, é conquistar no dia-a-dia uma união material tão sólida quanto a união mística alcançada nas cerimônias. "Assim", concluem, "realizamos o ideal da Nova Jerusalém". Desta forma, a União, metáfora da comunidade e símbolo da utopia social, é uma das entidades centrais dos rituais e da filosofia da doutrina do Santo Daime.



Marcelo Bolshaw Gomes é jornalista e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte


Home page: http://www.ufrnet. ufrn.br/~ mbolshaw

E-mail: mbolshaw@ufrnet. br



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Por que meu filho ainda não sabe ler e escrever?








Mais um ano letivo se inicia, e com ele, muitos sonhos e projetos se renovam. Para os alunos que já freqüentam a escola há algum tempo, é sempre a promessa de um ano melhor, com mais atenção, com mais dedicação e notas melhores. Promessa nem sempre cumprida, diga-se de passagem. Para os que estão iniciando numa escola nova, é a expectativa de novos professores, novos colegas, novas caras, novas cobranças e o medo de não se adaptarem ao novo. Mas para aqueles que estão ingressando pela primeira vez na escola básica, a famosa primeira série do ciclo básico, é um mundo novo, com as expectativas redobradas e o sonho de finalmente aprender a ler e escrever. E é sobre esse sonho/pesadelo que quero falar aqui, porque a primeira série e todo o processo de alfabetização da criança tornam-se para alguns pais e filhos motivo de angústia e desespero, quando deveria ser um momento de alegria e de puro prazer.
Não existe nenhuma lei nem nenhum decreto que determine que a criança deva aprender a ler e a escrever na primeira série do ciclo básico, no entanto, por um consenso social, ficou oficializado que era na primeira série que isto deveria acontecer. Possivelmente, esta obrigatoriedade é ainda herança dos tempos em que a alfabetização era iniciada na primeira série, quando a professora, de fato, ensinava o bê-a-bá, e o que se fazia, de fato, era juntar bê mais a com o auxílio da cartilha, onde havia uma série de frases prontas, sempre seguindo a ordem alfabética.





Na ansiedade de verem seus filhos lendo e escrevendo o mais cedo possível, alguns pais acabam transformando esse momento tão rico e tão difícil para a criança num pesadelo de cobranças, de queixas e de reclamações, que respingam por todos os lados, desde a própria criança até a professora, atingindo a escola, o método de ensino, o material pedagógico, etc, gerando uma angústia que muito atrapalha o processo, que por si já é extremamente difícil para a criança. Então, antes que a ansiedade aflore e que as queixas comecem a pipocar por todos os lados, vamos esclarecer alguns pontos sobre o que, realmente, é aprender a ler e escrever


Com as descobertas da Psicogênese da Língua Escrita, ou melhor, com a descoberta de como se dá o processo de aquisição da língua escrita, muita coisa mudou na concepção do que é alfabetização. A primeira delas é que ler e escrever são um processo de construção interna (assim como todos os processos de aprendizagem humana ocorrem de dentro para fora do sujeito) que começa bem antes de a criança entrar na escola e vai muito além da primeira série.

Começa quando ela se dá conta de que existe uma língua que se fala e uma língua que se escreve, e que escrever é transformar a língua falada num código gráfico simbólico, o que exige uma elaboração mental extremamente complexa. Para dominar esse novo código ela precisará de alguns anos. Mas esse processo é longo e difícil para a criança, pois não é resultado da acumulação de informação sobre sílabas, alfabeto e letras, e sim a transformação das hipóteses que ela constrói em seu esforço para compreender o que é para quê serve e como funciona a escrita. Sendo uma construção absolutamente pessoal, individual, interna e intransferível, é, portanto, impossível para alguém determinar com precisão em que momento ela acontecerá. Ao contrário do se pensava até há algum tempo, que escrever era juntar letras e sílabas, e que ser alfabetizado era saber escrever o próprio nome, hoje só é considerado efetivamente alfabetizado o sujeito que:






a) Compreende as funções da língua escrita na sociedade (para quê serve a escrita)
b) Compreende as diferenças entre desenho e língua escrita (grafismo figurativo e grafismo simbólico)
c) Apropriou-se do código lingüístico a ponto de poder usá-lo para comunicar-se através dele
d) Consegue ler e levantar questões diante de um texto
e) Percebe que a escrita é importante na escola porque é importante fora dela.O que se sabe é que crianças que têm mais acesso a diversos portadores de textos (livros, revistas, jornais, gibis, rótulos de embalagens, etc); que convivem mais com situações de leitura (pessoas lendo ao seu redor) e ouvem pessoas lerem para elas, aprendem a ler e escrever com mais rapidez e facilidade. 


Crianças que convivem em lares de pessoas letradas e que fazem uso constante da escrita, aos dois anos de idade já brincam de escrever e rabiscam o papel dizendo que "estão escrevendo". Isto significa que já compreenderam que existem outras formas de comunicação além da fala, e que uma delas é a escrita.


 Com o tempo transformarão esses "rabiscos" em escrita de verdade. Mas para isso precisarão de nosso apoio, de nossa compreensão e de nosso encorajamento. Cobranças, queixas e críticas não ajudam ninguém a aprender nada.Se quisermos que nossos filhos aprendam de verdade, o melhor a fazer é lermos muitas histórias, oferecermos muitos livros de histórias infantis, muitos gibis, muitas revistas e enchermos a casa de lápis de cor e de papel para que possam rabiscar e desenhar à vontade suas próprias idéias.


 E um dia, quando menos esperamos, no café da manhã eles nos surpreendem lendo Mar-ga-ri-na ou escrevendo num pedaço de papel com uma letra desafiadora e mal equilibrada: u meu pai e legau. Nesse dia, damos a mão à palmatória e dizemos: Muuuuuuuuiiito bemmmmm!!! É tudo o que se deve dizer a quem se esforçou tanto par achegar até aí. Com o tempo eles perceberão que a nossa língua tem muito mais dificuldades do que se possa imaginar. Mas isto é outra história que fica para outra vez. Por hoje, basta comemorar.
     


Cybele Russi é Pós-graduada em Psicopedagogia Clínica e Institucional                                                                                                                                   

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