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Saiba por que você sempre passa pelos mesmos problemas nas suas relações afetivas

por Rosemeire Zago
"É importante entender e aceitar que os relacionamentos que teve, ou o relacionamento que ainda tem, por mais doloroso e destrutivo que seja, pode ser necessário para seu crescimento e com certeza, poderá trazer muitos aprendizados, se assim os perceber"O que mais percebo nas queixas das pessoas que atendo no consultório é a tendência a repetir padrões conhecidos de comportamentos, os quais são repetidos sem a consciência que isso está ocorrendo. Como isso acontece?

Alguns padrões de comportamentos aprendemos muito cedo, ainda em nossa infância e passamos a repetir alguns desses padrões de comportamentos nos relacionamentos afetivos. Será que muitas vezes você não agiu em seu relacionamento como aprendeu que deveria agir e que nem sempre era o que queria de verdade? Será que o que espera do outro não é muitas vezes aquilo que não teve em sua infância e por ignorar esse fato, está sempre buscando relacionamentos que nunca o satisfazem?

A verdade é que tendemos a repetir padrões já conhecidos. Quais foram os modelos de dar e receber afeto e amor que teve? Muitas pessoas acreditam que amar é sofrer, ou ainda, por exemplo, quem teve uma família com brigas constantes, agressões, poderá repetir esse mesmo padrão de comportamento em sua relação afetiva, ainda que queira exatamente o contrário. Um exemplo comum é de quem teve um dos pais alcoólatra e, apesar de não terem desenvolvido o alcoolismo, pode se relacionar com alguém também alcoólatra. Outro exemplo é quem teve um pai ausente, poderá buscar um companheiro tão ausente como o pai. Quem teve uma mãe autoritária poderá se deparar com uma esposa com atitudes iguais, apesar dos anos que se passaram.

Mas por que isso acontece?

É como se buscássemos resolver questões que não conseguimos resolver no passado e assim, as repetimos. Esse processo acontece de forma inconsciente, por isso nem sempre percebemos facilmente. Tudo isso pode acontecer com o intuito, inconsciente, de resolver conflitos do passado e que por não terem sido elaborados e compreendidos, se repetem para que sejam compreendidos e aceitos. É como se o inconsciente nos desse a oportunidade de resolver aquilo que enquanto crianças não tínhamos estruturas para resolver. É preciso ficar atento, pois nem sempre a situação é tão fácil de ser identificada como os exemplos acima. Muitas vezes a situação atual pode se apresentar muito diferente da original (que aconteceu quando éramos crianças), mas o sentimento gerado é exatamente igual.

Para quem está buscando um novo relacionamento ou não está feliz com a relação atual é importante observar alguns comportamentos que podem ter se tornado padrão com o passar dos anos, e por necessidades inconscientes, fazer com que repita novamente o padrão do antigo relacionamento, sofrendo novamente e sequer percebe.

Para romper padrões é preciso identificá-los. Pense um pouco sobre seus relacionamentos mais significativos ou seus dois últimos. Como começou? Como acabou? Quais foram os motivos? Consegue perceber algo em comum entre os últimos relacionamentos?

Você aceitou uma relação afetiva mesmo estando consciente de que estava muito distante do que queria? E ainda assim sofre porque acabou? Ou será que não estava muito mais em contato com o sonho de como o relacionamento poderia ser, do que com a realidade da situação? A outra pessoa estava tão interessada que o relacionamento desse certo como você? O que você encontra em comum entre aquilo que vivenciou na infância e seu relacionamento atual? Será que suas atitudes não estão mantendo um círculo vicioso e destrutivo?

Busque as respostas, mas não para se culpar ou se lamentar, desejando que tivesse sido diferente. Remoer o passado não vai fazer com que ele seja modificado. Ficar se lamentando: “Por que isso aconteceu comigo?” não vai ajudar em nada. Mas entender as causas do sofrimento poderá fazer com que mude aquilo que depende exclusivamente de você.

É importante entender e aceitar que os relacionamentos que teve, ou o relacionamento que ainda tem, por mais doloroso e destrutivo que seja, pode ser necessário para seu crescimento e com certeza, poderá trazer muitos aprendizados, se assim os perceber. Responda cada uma das perguntas sendo sincero consigo mesmo.

Escrever facilita reflexão

Se quiser, escreva sobre isso. Escrever as respostas pode facilitar sua reflexão. Identifique os sinais de insatisfação e infelicidade. Muitas vezes há sinais evidentes em nosso próprio corpo através de sintomas que nos mostram claramente que estamos sofrendo e que também ignoramos.

Agora volte a atenção para você. Esconder o que estiver sentindo, evitando pensar, fugindo da realidade, não fará com que modifique sua maneira de amar e receber amor. Considera-se capaz e merecedor de ser amado? Se responder que sim sem pensar muito, repense sobre isso. Muitas vezes gostaríamos de sermos amados, mas nem sempre nos sentimos merecedores. Examine sua vida, suas expectativas a respeito do amor. Isso pode levar algum tempo, não se preocupe, leve o tempo que for necessário. Seja paciente consigo mesmo. Não julgue nem coloque rótulos em seus sentimentos, mas seja compreensivo. Só irá entender o que o levou agir da maneira que agiu, se não for crítico nem se censurar ou punir.

É preciso curar o que precisa ser curado dentro de você. Esse momento deve ser utilizado de forma a aprender e crescer e não para continuar a sofrer. Só assim conseguirá realmente curar o que tanto lhe dói. É isso que irá prepará-lo para um relacionamento saudável e construtivo, sem agressões, cobranças, inseguranças, mas com uma constante troca de amor!



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